Serra da Arada - De Regoufe a Drave

05/07/2016

Serra da Arada - Trilhos de Água



 No passado Domingo fomos percorrer os "Trilhos de Água", sem dúvida um dos percursos mais bonitos que conheço. 

Ao todos fomos 11 companheiros nesta espectacular jornada. O João Marcelino, que já nos acompanhava há bastante tempo, os gémeos Henrique e Pedro, o Zé Figueiredo e o Francisco de Aveiro, o Pina Jorge do Porto e a Manuela, a Sãozita, a Sara, o Amaral e o Tiago, estes de Ovar.

Chegados a Regoufe confirmámos que levávamos o equipamento necessário para podermos caminhar dentro do rio. Carregámos também bastante água que a temperatura que se fazia sentir era bastante elevada. 

Após a saída de Regoufe, a subida até ao Alto de Regoufe já deixou alguns dos elementos um pouco abalados. Valeu, para recuperar, a descida para o Pego onde recordámos a saudosa Dª Maria Pinto que vivia sozinha naquele pequeno lugar. 

Recordámos ainda as várias vezes que acampámos junto ao Rio Paivô, as velhas e engraçadas histórias e peripécias desses já longínquos eventos.

Atravessado o rio e contornada a bela represa que forma uma cascata, chegou o momento de caminharmos pela água, que corre pelo leito pedregoso e escorregadio do rio.

Para quem aprecia a aventura na natureza, no seu estado mais puro, a paisagem é de estarrecer. A água límpida, ora corre ligeira entre as pedras, ora forma pequenas lagoas excelentes para frescos e revitalizantes banhos. 

Algumas pedras, escavadas e alisadas pelas águas, permitiram servir de "escorregas" aumentando a diversão de todos os participantes. 

Fomos percorrendo o leito, tomando banho a cada lagoa que aparecia e, de lagoa em lagoa fomos andando ou nadando até à por nós denominada “ponte para lado nenhum”. É pena verificar que esta velha ponte de xisto já tombou parcialmente e em breve desaparecerá.

Uns metros após a passagem na referida ponte surge a melhor lagoa do leito. Como sempre regalámo-nos com um magnífico banho. 

Não sei quanto tempo estivemos neste local mas o banho, a paisagem, o recato do local envolvem-nos de tal maneira que é difícil a despedida.

Um pouco contrariados lá iniciámos a penosa subida ao Alto de Regoufe sob um calor insuportável.

A subida, longa e acentuada, foi bastante difícil de fazer com as condições referidas.  Calmamente e com muitas paragens para descansar lá fomos chegando ao final da subida.

No café de Regoufe matámos a sede e descansámos um pouco antes de nos deslocarmos para Moldes.

Conforme acordo tácito, celebrado entre o grupo, o que acontece em Moldes, em Moldes fica, pelo que o relato fica por aqui.

Faz agora 15 anos que "inventámos" este percurso e continuamos a gostar de o percorrer. É mesmo um daqueles que não se deve perder.

Francisco Soares

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