Serra da Arada - De Regoufe a Drave

02/08/2017

Por trilhos de Sanabria


6ª feira dia 21/Jul - Barjacoba

Como eu e o DJ fomos com um dia de antecedência. relativamente aos outros parceiros de caminhada, resolvemos fazer na 6ª feira, dia 21 de Julho, um pequeno percurso para nos ambientarmos à montanha. Escolhemos um que não fosse muito difícil, em termos físicos, mas que trouxesse algo de novo em termos de beleza natural uma vez que o lago e as montanhas em redor proporcionam belas paisagens.

Num livro adquirido na última visita à zona, em Abril, descobrimos um caminho rural que partia de uma pequena aldeia, de nome Barjacoba e que parecia interessante. Dirigimo-nos para lá bem cedo e iniciámos o dito percurso. Este tem alguns troços coincidentes com a grande rota (GR) que circunda a zona dos lagos.

No percurso surgiram-nos duas placas, uma  indicativa do circuito aconselhado para os anos pares e outra para os anos ímpares.  Como estamos em 2017 seguimos na direcção indicada pela placa dos anos ímpares.

A primeira dificuldade no caminho apareceu-nos na forma de um enorme bovino que impedia a passagem. Fomo-nos aproximando devagar e reparámos que havia outros três nas proximidades.

Após algum tempo de espera, "Sua Excelência" resolveu permitir a nossa passagem, saindo do trilho na direcção dos seus companheiros.

Mais à frente começou uma subida, não muito íngreme, e começámos a ver algumas das cumeadas em redor. Ficámos com a sensação de irmos chegar a alguma das várias lagoas (embalses) muito frequentes na zona.

Após vários quilómetros percorridos verificámos que a cada cumeada outra se seguia. Resolvemos então voltar regressar não sem antes avistarmos 2 corsos que com facilidade subiam as encostas, numa dança elegante e fácil, como que a gozar connosco.

A ideia era fazer poucos quilómetros mas mesmo assim ainda assim fizemos cerca de 10,5 Km. No regresso viemos por um caminho diferente da ida no qual, tivemos que desbravar mato, o que deu um certo gozo.

Chegados ao Don Pepe, a residencial onde ficámos, onde fomos agradavelmente surpreendidos quando pedimos uma bifana, dado o tamanho da mesma.

Após o  banho aproveitámos para descansar enquanto esperávamos pelos restantes companheiros. O dia seguinte prometia ser duro.


Sábado, 22 de Julho – Peña Trevinca

O jantar tardio da véspera começou já depois das 22 horas com muitas provas de tinto e chupitos.  

Aos poucos lá se juntou o grupo constituído pela Sãozita, Mário Jorge e Maria do Carmo, Zita e Pina Jorge, Ilda e Amaral, o DJ e eu.

Ficando a Zita e a Ilda  a passear na zona os outros partiram para iniciar a Senda de Montaña 7 – Laguna de los Peces a Peña Trevinca.

No parque de estacionamento da Lagoa dos Peixes já se encontravam alguns carros estacionados o que dava a entender que não éramos os únicos a percorrer aquele trilho.

Durante o caminho fomos ultrapassados por um grupo de jovens vigorosos e um adulto solitário, mas também ultrapassámos um casal com quem nos cruzámos mais vezes durante o percurso.

O percurso começa com uma subida que a certa altura se torna acentuada. No final da mesma começa-se a ver o embalse de Vega del Conde. Descemos para o fabuloso vale glaciar onde, para o fim, se começa a descortinar a Peña Trevinca, lá bem alto.

O entusiasmo dos participantes era bem evidente, apesar alguns julgasse que não iriam conseguir. O vale, com os vários riachos que formam o Rio Tera e com os vários cumes à volta é realmente deslumbrante. O mesmo encontra-se repleto de gado a pastar

A parte final, durante a ascenção ao pico de Peña Trevinca, em 1800 metros de caminho sobem-se 477 metros em altura. O final, quase em escalada junto à escarpa, é bastante exigente.

Nada disto porém nos desmotivou pelo que chegámos todos ao cume e festejámos efusivamente. 

Como era espectável encontravam-se outros grupos no cimo, um deles constituído por 3 portugueses que se identificaram quando nos ouviram falar a mesma língua. 



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